Balneário Camboriú:
Manifestação conjunta
da CDL e SINCOMÉRCIO sobre a prática de comércio através de indígenas na cidade
As
entidades acima esclarecem a comunidade e comerciantes da cidade que sempre se
posicionaram de forma contrária à prática irregular do comércio por indígenas
no centro da cidade de Balneário Camboriú, muito embora respeitem a legislação
federal que busca dar amparo aos interesses dos mesmos.
A
posição das entidades se consubstancia no fato de que o amparo que deva ser
dedicado aos indígenas não pode se confundir com permissão desenfreada para que
os mesmos, em época de temporada, vindos de todos os Estados do Sul do Brasil,
pratiquem atividades comerciais em quaisquer pontos da cidade, em especial
naqueles pontos centrais, de intenso fluxo de pessoas, na maioria turistas.
Consubstancia-se,
também, no fato da inexistência de infraestrutura e regulamentação adequada, o
que implica na ocorrência de práticas irregulares, a falta de higiene, a
exposição de crianças a circunstâncias inadmissíveis em nosso meio, inclusive
para justificar a mendicância, a prática de venda de produtos industrializados,
e não apenas de produção indígena, o alcoolismo, agressões, além de outros,
fatos estes que contrariam tudo o quanto se planeja para uma temporada e para
uma cidade turística, que sequer é sede de uma comunidade indígena.
Muito
embora o posicionamento conhecido das entidades, jamais foram elas chamadas
para participar das decisões adotadas pelo
Conselho de Inclusão Social do Município de Balneário Camboriú, o que tem ele
feito em conjunto com a comissão indígena e com a participação da FUNAI.
Neste
ano, novamente as decisões foram tomadas da mesma forma, já tendo havido um
consenso no início do ano sobre a possibilidade de se repetir a prática na
região central da cidade, em idênticas condições às do ano anterior.
Diante
de manifestação de um grande número de comerciantes, em reunião com o Prefeito
no final do mês de novembro último, determinou este que a decisão fosse
revista, com a repetição das reuniões.
Efetivamente
nova reunião foi realizada, com representantes de algumas tribos e da FUNAI,
desta feita com a participação da CDL e SINCOMÉRCIO, quando se estabeleceu
sobre um máximo de 05 pontos centrais para instalação de comércio indígena, ao
mesmo tempo em que seria criado um local específico, que não nas vias centrais,
para que, doravante, fosse praticado tal comércio, restringindo o mesmo a
produtos indígenas.
No
dia 15 deste mês as entidades foram chamadas (por telefone), a comparecer junto
à Procuradoria da União, na cidade de Itajaí, em momento em que já acontecia
uma reunião envolvendo o procurador da república, um grupo de indígenas do Rio
Grande do Sul e o Conselho de Inclusão Social do Município de Balneário
Camboriú. Na oportunidade o procurador buscava atender o pleito daquela tribo,
para fins de garantir um mínimo de 15 pontos centrais para a prática do
comércio em Balneário Camboriú, uma vez que já havia sido objeto de decisão no
início do ano.
Em
que pese todas as argumentações das entidades, nenhuma solução foi aceita,
tendo dito procurador marcado nova reunião para o dia de hoje (16.12), para
demarcar a distribuição de tais pontos.
É
a presente nota para esclarecer que as entidades não concordam com essa
decisão, pelos argumentos acima já apontados, razão pela qual não participarão
da mencionada reunião, sendo este um problema a ser resolvido por quem os
criou, e, principalmente pela FUNAI, órgão decorativo que nada faz para dar
solução aos problemas indígenas, razão pela qual busca transferi-los para
terceiros.
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