Balneário Camboriú:
Projeto Cápsula do Tempo receberá mensagens até o dia 12
de dezembro
A Câmara de Vereadores de
Balneário Camboriú comemorou uma data histórica no dia 15 de novembro, quando
completou 50 anos de sua instalação no município. Na Sessão Solene Especial
do aniversário foi lançado o projeto Cápsula do Tempo, em parceria
com os Correios (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos).
Neste ano de 2015 também
foram realizadas diversas atividades para celebrar o cinquentenário do
Legislativo Municipal, como o 1º Concurso Estudante Cidadão de Desenho e
Redação, o Prêmio Professor Nota Dez, o Prêmio Vereador Amigo da Comunidade,
além dos lançamentos do selo postal e carimbo comemorativos.
Toda a comunidade está convidada
a participar do projeto, enviando suas correspondências para deixar suas
mensagens às gerações futuras. É preciso que seja utilizado um envelope em
formato padrão de ofício, com o nome do destinatário para “Cápsula do
Tempo da Câmara de Vereadores de Balneário Camboriú”, contendo a mensagem
escrita em uma folha do tamanho A4, sem necessidade de colocar selo no
envelope.
As cartas poderão ser entregues
na sede da Câmara Municipal (Avenida das Flores, nº 675), e também nas caixas
coletoras da agência dos Correios (Avenida Brasil, n° 855), da Papelaria Nações
(Rua Paraguai, 705) e da Rodoviária Municipal (Avenida Santa Catarina, nº 347).
Durante a sessão ordinária do dia 15 de dezembro, em um ato especial, as
mensagens recebidas serão depositadas na cápsula, que será lacrada e ficará
exposta na sede da Câmara Municipal até a reabertura em 2065.
Cápsulas do Tempo, em geral, são
mantidas para que a comunidade descubra como seus antepassados viviam. Muitos
já utilizaram desse meio para guardar segredos que só poderão ser descobertos
posteriormente. A expressão começou a ser utilizada na década de 30, sendo uma
oportunidade de registrar o estilo de vida contemporâneo e registrar os desejos
e expectativas da sociedade em relação ao seu futuro.
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Comissão Presença Indígena de Balneário Camboriú tenta limitar locais de
venda de artesanato
A Comissão Presença Indígena de
Balneário Camboriú apresentou à Fundação Nacional do Índio (Funai) a proposta
de estabelecer um espaço para a venda de artesanatos indígenas e apresentações
culturais na Praça da Cultura, além de mais cinco pontos na Avenida Brasil. A
proposta foi apresentada ao representante da Funai e das tribos indígenas
durante reunião da entidade. Além da Funai, o encontro contou com a
participação de representantes das secretarias municipais de Desenvolvimento e
Inclusão Social, Idoso, Saúde, Secretaria de Segurança, Conselho Tutelar,
Turismo, Aldeia Condá, Sincomércio, CDL, Ação Social, e Associação dos
Comerciantes da Avenida Brasil.
Essa foi a primeira vez que os
representantes do comércio foram chamados para discutir a questão indígena no
município, desde que a comissão foi criada em 2013. Atualmente existem 23
pontos delimitados para a venda de artesanato indígena na cidade, sendo 15 só
na Avenida Brasil. A proposta vai agora ser apresentada aos caciques das
aldeias Kaikang, que são as que mais enviam índios para vender artesanato na
cidade durante o verão. A Funai também se comprometeu em elaborar uma cartilha
com normas que devem ser seguidas pelos índios que vão trabalhar em Balneário
Camboriú, além de conversar com as lideranças das tribos guaranis que ficam em
situação de mendicância pelas ruas da cidade, colocando crianças em situação de
risco.
O coordenador da Comissão
Presença Indígena e diretor geral da Secretaria de Desenvolvimento e Inclusão
Social, Orlando Uliano, destaca que a comissão tem como papel sugerir políticas
públicas para a melhoria da presença indígena no município. A expectativa é
que, nos próximos anos, a venda de produtos artesanais no município seja
concentrada em único local, a exemplo do que já acontece em cidades como
Gramado e Porto Alegre, no Rio Grande do Sul; Ponta Grossa e Curitiba, no
Paraná; e Joinville, em Santa Catarina.
O presidente do Sincomércio,
empresário Hélio Dagnoni, destaca a importância da definição de um local
específico para a venda de artesanato indígena e apresentações culturais. “O
que se busca é encontrar uma alternativa que possa atender os interesses dos
comerciantes e dos indígenas”, disse. De acordo com Ary Paliano, representante
da Funai de Chapecó, a experiência de definir áreas específicas em outras
cidades foi muito positiva. “O que não podemos é proibir os índios de
vender o seu artesanato”, enfatizou Paliano. Conforme o presidente da
CDL, José Roberto Cruz, anualmente a entidade vem recebendo reclamações da
presença indígena nas ruas da cidade, que estaria comprometendo o comércio
estabelecido e atrapalhando a circulação das pessoas nas calçadas.
O secretário de
Desenvolvimento e Inclusão Social, Luiz Marcelo Camargo, também presente na
reunião, entende que a definição de uma área para a venda de artesanato
contempla os interesses dos comerciantes, indígenas e da própria comunidade.
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