Itajaí:
Embalagens de isopor para bebidas e alimentos podem estar com os dias
contados
É esta a proposta do vereador
Pissetti, que foi protocolizada ontem e deve ser apreciada pelos senhores
vereadores nos próximos dias.
Desde há muito tempo a ciência vem realizando estudos sobre os malefícios que o isopor pode causar à saúde humana e ao meio ambiente, razão pela qual várias cidades no mundo estão declarando guerra as embalagens deste material para acondicionamento de bebidas, alimentos in natura ou processados.
Nova York, uma das mais importantes cidades do planeta, erradicou o uso do isopor para transporte e acondicionamento de alimentos, em julho de 2015. Atualmente são mais de 70 cidades americanas que proíbem a comercialização e utilização do poliestireno.
O projeto apresentado por Pissetti, abre prazo de 12 meses para que o comércio, de maneira geral, se adapte as novas normas. Após este prazo, o estabelecimento ou comerciante que deixar de cumprir as regras, será advertido, multado em 4 Ufm's (unidade fiscal do município - cerca de aproximadamente R$ 600,00), terá a mercadoria apreendida e poderá ter a licença de funcionamento cassada pelo Município. Em caso de reincidência, o valor da multa é dobrado. A regra vale, inclusive para cantinas de escolas públicas e particulares.
Se aprovado, a Prefeitura de Itajaí deverá definir qual será o órgão fiscalizador e de que forma se dará esta fiscalização.
Riscos à Saúde
"Os produtos químicos
encontrados no isopor são possivelmente cancerígenos e podem contribuir para
diversos cânceres diferentes, incluindo mama e próstata, porem, o câncer não é
o único tipo de problema de saúde associado com o poliestireno. O estireno pode
imitar as propriedades do hormônio feminino estrogênio e causar problemas de
tireoide e irregularidades no ciclo menstrual. A exposição excessiva ao
estireno também pode afetar o sistema nervoso central, resultando em fadiga
generalizada, dores de cabeça, depressão e problemas nos rins. Outros efeitos
da exposição ao estireno incluem irritações na pele e nos olhos, problemas
gastrointestinais, hemoglobina e plaquetas em níveis baixos e anormalidades
cromossômicas e no sistema linfático".
Impacto ao meio ambiente
"Material de mil utilidades,
o poliestireno expandido, mais conhecido como isopor, chega às nossas casas sob
diversas formas: desde bandejas que acompanham alimentos como carne, legumes e
frios, até como componentes de embalagens de eletrodomésticos e aparelhos
eletrônicos. Quimicamente, o isopor consiste de dois elementos, o carbono e o
hidrogênio. Por ser um plástico celular e rígido, ele tem as vantagens de poder
apresentar-se numa grande variedade de formas e de ter aplicações bastante
diversas.
Muito bom, não é? Isso tudo seria
ótimo se ele não fosse tão danoso ao meio ambiente e difícil de reciclar. As
razões são várias.
Um dos problemas do isopor é sua
composição: 98% de ar e 2% de plástico. Isso quer dizer que, quando derretido,
o volume final do isopor cai para 10% do que foi coletado. Por essa razão, a
maioria das cooperativas e empresas do setor de reciclagem sequer aceita
doações, ao menos de pequenas quantidades do produto. E muito menos se dispõem
a coletá-lo, já que, devido à sua baixa densidade, ele ocupa muito volume, o
que encarece seu transporte e, conseqüentemente, a sua reciclagem, exigindo
quantidades muito grandes para se viabilizar economicamente o processo como um
todo.
Quando não vai para reciclagem o
isopor pode provocar diversos prejuízos. Se for destinado ao lixo, pode levar,
conforme estimativas, 150 anos para se decompor. Nos aterros sanitários, além
de ocupar muito espaço e saturar com mais rapidez as áreas destinadas ao lixo,
o que exige grandes investimentos públicos para a construção de novos aterros,
a compactação causada pelos restos de isopor prejudica a decomposição de materiais
biodegradáveis. E se for para lixões, estará deixando seu rastro no ambiente
por um longo período de tempo.
Se jogado em rios e mares, as
pelotas de isopor – produto do esfacelamento desse material – são ingeridas por
cetáceos e peixes ao serem confundidas com organismos marinhos, e, muitas
vezes, acabam por matá-los.
Por fim, se for queimado, o
isopor libera gás carbônico contribuindo, portanto, para a poluição do ar e
para o aquecimento global".
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OAB de Itajaí cobra fiscalização
do depósito de veículos apreendidos no combate ao aedes aegypti

Há alguns dias, a quantidade de
veículos e a situação do local vem preocupando os representantes da OAB de
Itajaí, uma vez que a cidade de Itajaí e todo o Brasil se mobilizam contra o
mosquito aedes aegypti e o local pode servir de criadouro para
o mosquito. “Todos devem fazer a sua parte nessa batalha, as entidades da
sociedade civil organizada, a população, os órgãos da administração pública, e
a OAB está vigilante nesse sentido. Afinal, água parada não é legal",
pontuou o presidente da Subseção de Itajaí, Murilo Zipperer.
No último sábado houve uma grande
mobilização pelo Brasil, para combater o mosquito Aedes Aegypti. Só
em Itajaí, mais de 500 pessoas se uniram e 1073 imóveis foram
vistoriados. Segundo o último relatório da Vigilância Epidemiológica da Secretaria
de Estado da Saúde (Dive/SC) até o momento foram notificados 1.260 casos de
dengue em Santa Catarina. Da febre de chikungunya, de 1 de janeiro a 6 de
fevereiro de 2016, foram notificados 49 casos suspeitos em Santa Catarina,
todos permanecendo em investigação. Do vírus Zika neste mesmo período foram
notificados 58 casos suspeitos: 5 foram confirmados, 23 foram descartados e
30 permanecem em investigação. Todos são importados e Itajaí contava
com dois em investigação.
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