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quarta-feira, 9 de março de 2016

Balneário Piçarras:
Prefeitura alerta para golpe de falso exame supletivo

A prefeitura de Balneário Piçarras, por meio da Secretaria Municipal de Educação, vem a público alertar a comunidade sobre a prática de crime de estelionato e falsificação de documento público relacionado à venda de curso preparatório para exame supletivo não conveniado com o governo municipal. A suspeita prestou esclarecimentos à polícia civil na manhã desta quarta-feira, 9.

Na quarta-feira, 2 de março, a acusada esteve na prefeitura e apresentou uma proposta para implantar o exame supletivo no município. "Isso nos deixou intrigados, já que ensino médio nós não podemos oferecer no município", lembra a assessora pedagógica da Secretaria de Educação, Silvana Maria Rebello Pereira.

Dois dias depois, na sexta-feira, 4, um homem procurou a Secretaria de Educação e solicitou informações sobre um suposto exame supletivo. "Informei que não existia nada a respeito; que não havia inscrições ou pré-inscrições abertas", acrescenta Silvana, que atendeu outras ligações com o mesmo questionamento.

Foi durante uma reunião na sede da Associação dos Municípios da Foz do Rio Itajaí (Amfri), em Itajaí, que Silvana e a secretária de Educação, Laureci Bernadete Schneider Pereira, cogitaram a hipótese de crime. "Uma pessoa nos relatou que essa mulher teria tentado usar o nome de outros municípios da região. Não conseguiu e veio tentar em Balneário Piçarras", explica a assessora pedagógica.

Uma das vítimas levou à Secretaria de Educação um falso edital, supostamente confeccionado pela própria acusada. O documento menciona a abertura do processo e faz indicação até mesmo ao prefeito municipal. "Diz, textualmente, que o prefeito Leonel José Martins declara aberto o edital de exame supletivo, cuja prova seria aplicada no próximo domingo (13 de março)", revela Silvana.

A suspeita garantia  às vítimas de seu golpe que a prefeitura, por meio da Secretaria de Educação, certificaria os aprovados no exame. "Não existe qualquer convênio para aplicação de exame supletivo no município. É preciso que isso esteja claro", garante a secretária Laureci.

Silvana e Laureci registraram um boletim de ocorrência contra a suspeita, que nesta manhã prestou esclarecimentos na delegacia. Além do próprio Município, outras vítimas da armação ofereceram queixa contra a mulher.

De acordo com as informações levantadas pela polícia civil,  a suposta autora teria feito aproximadamente 100 vítimas em cidades da região. Pelo "serviço", teria cobrado R$ 1.500 de cada uma.  "O curso preparatório já estava acontecendo. Muitas pessoas já estavam sendo lesadas por ela", explica Laureci.

Segundo a polícia civil, a acusada pode responder pelos crimes de estelionato (por ter induzido as vítimas a um falso exame supletivo) e falsificação de documento público (por ter usado o nome do município, do prefeito Leonel Martins e o timbre do governo).


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