Balneário Piçarras:
Prefeitura alerta para golpe de falso exame supletivo
A prefeitura de Balneário
Piçarras, por meio da Secretaria Municipal de Educação, vem a público alertar a
comunidade sobre a prática de crime de estelionato e falsificação de documento
público relacionado à venda de curso preparatório para exame supletivo não
conveniado com o governo municipal. A suspeita prestou esclarecimentos à
polícia civil na manhã desta quarta-feira, 9.
Na quarta-feira, 2 de março, a
acusada esteve na prefeitura e apresentou uma proposta para implantar o exame
supletivo no município. "Isso nos deixou intrigados, já que ensino médio
nós não podemos oferecer no município", lembra a assessora pedagógica da
Secretaria de Educação, Silvana Maria Rebello Pereira.
Dois dias depois, na sexta-feira,
4, um homem procurou a Secretaria de Educação e solicitou informações sobre um
suposto exame supletivo. "Informei que não existia nada a respeito; que
não havia inscrições ou pré-inscrições abertas", acrescenta Silvana, que
atendeu outras ligações com o mesmo questionamento.
Foi durante uma reunião na sede
da Associação dos Municípios da Foz do Rio Itajaí (Amfri), em Itajaí, que
Silvana e a secretária de Educação, Laureci Bernadete Schneider Pereira,
cogitaram a hipótese de crime. "Uma pessoa nos relatou que essa mulher
teria tentado usar o nome de outros municípios da região. Não conseguiu e veio
tentar em Balneário Piçarras", explica a assessora pedagógica.
Uma das vítimas levou à
Secretaria de Educação um falso edital, supostamente confeccionado pela própria
acusada. O documento menciona a abertura do processo e faz indicação até mesmo
ao prefeito municipal. "Diz, textualmente, que o prefeito Leonel José
Martins declara aberto o edital de exame supletivo, cuja prova seria aplicada
no próximo domingo (13 de março)", revela Silvana.
A suspeita garantia às
vítimas de seu golpe que a prefeitura, por meio da Secretaria de Educação,
certificaria os aprovados no exame. "Não existe qualquer convênio para
aplicação de exame supletivo no município. É preciso que isso esteja
claro", garante a secretária Laureci.
Silvana e Laureci registraram um
boletim de ocorrência contra a suspeita, que nesta manhã prestou
esclarecimentos na delegacia. Além do próprio Município, outras vítimas da
armação ofereceram queixa contra a mulher.
De acordo com as informações
levantadas pela polícia civil, a suposta autora teria feito
aproximadamente 100 vítimas em cidades da região. Pelo "serviço",
teria cobrado R$ 1.500 de cada uma. "O curso preparatório já estava
acontecendo. Muitas pessoas já estavam sendo lesadas por ela", explica
Laureci.
Segundo a polícia civil, a
acusada pode responder pelos crimes de estelionato (por ter induzido as vítimas
a um falso exame supletivo) e falsificação de documento público (por ter usado
o nome do município, do prefeito Leonel Martins e o timbre do governo).
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