Penha:
Secretaria de Planejamento demole casas construídas em
área de invasão
Três pequenas casas
de madeira e vários fundamentos de barracos foram demolidos pela Prefeitura de
Penha na tarde desta quarta-feira (27 de abril), no bairro Nossa Senhora de
Fátima, numa ação em cumprimento ao Ministério Público local, visando evitar a
ampliação de áreas de invasão. A operação, com suporte da Polícia Militar,
aconteceu na Rua Aroeiras, no Loteamento Marina, ao lado de um conjunto
habitacional popular.
De acordo com o
secretário de Planejamento Dorval Vieira de Oliveira, a área onde foram
erguidas as casas pertence à Prefeitura, porém, denúncias feitas ao Judiciário
resultaram na ordem pela demolição das construções, já que invasão de área
pública é crime. Além das casas, vários moradores foram flagrados nas últimas
semanas piqueteando a mesma área visando futuras construções – outra
irregularidade.
Cerca de 20 moradores
acompanharam a operação, sem oferecer resistência. De acordo com Dorval, eles
já estavam notificados por auto de infração da Prefeitura desde 18 de
fevereiro, e das três casas, apenas uma família seria de Penha. A Assistência
Social acompanhou a operação, e o Conselho Tutelar repassou orientação sobre as
crianças das famílias atingidas.
“Sabemos que é uma
ação impopular, difícil de ser executada, mas infelizmente, a Prefeitura tem
que cumprir e fazer cumprir a legislação”, observou Dorval “Fizemos tudo
absolutamente dentro da lei, notificando-os e garantindo a segurança de todos”.
Já o fiscal Maurílio Pedro Leite, da Secretaria de Planejamento, lembrou que a
área invadida é justamente destinada à habitação popular.
“Nessa área, o atual
governo desenvolveu um projeto com várias casas da Cohab, já construídas e
destinadas legalmente”, observou ele. O projeto, desenvolvido em parceria com o
Governo Federal, entretanto, não avançou por conta da crise política e
econômica que o País atravessa.
“Esse outro trecho
também poderá ser destinado às casas futuras, que poderão até mesmo beneficiar
essas famílias hoje desalojadas”, completou Leite. A Secretaria de Planejamento
também informa que além das demolições, solicitou a retirada da cerca irregular
construída pelos invasores. “Não podemos deixar áreas de invasão avançarem, o
custo social da favelização é grande”, comenta o secretário.
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