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quinta-feira, 18 de junho de 2015

Itajaí:
Chafariz flutuante, pago com dinheiro público, não existe mais e vereador fará denúncia ao MP

O polêmico chafariz flutuante de Itajaí, que nunca funcionou e foi pago com dinheiro público, não existe mais na baía Afonso Wippel, no Saco da Fazenda. A informação foi repassada recentemente ao vereador Thiago Morastoni (PT) pelo engenheiro João Marcos Pereira, proprietário da Oceânica Engenharia e Arquitetura, empresa responsável pela execução da obra. O parlamentar, que até agora não recebeu resposta alguma da Administração Municipal aos questionamentos feitos oficialmente há mais de um ano, destaca que este pode ser um caso de improbidade administrativa e fará denúncia ao Ministério Público (MP).

Thiago Morastoni lembra que, após ir contra a opinião popular e comprar em 2013 o polêmico chafariz flutuante por R$ 315.000,00, o Executivo quis devolver o equipamento, com a justificativa de que não funcionava direito. Porém, em reunião com o proprietário da Oceânica, o vereador recebeu a informação de que a empresa obedeceu à risca o que dizia o projeto entregue pela Prefeitura, e que o documento continha sérios erros, não considerando, por exemplo, o lodo existente na baía e a necessidade de se fazer uma dragagem no local antes da implantação do chafariz.

Para piorar, em maio de 2014, o vereador encaminhou documento ao Executivo Municipal, fazendo diversos questionamentos sobre o caso, após receber informações de que a balsa do chafariz afundava, o esguicho não saía direito, a iluminação era insuficiente, entre outros problemas. O documento oficial foi ignorado e Thiago Morastoni protocolou nesta quarta-feira (17) um novo requerimento, para ver se desta vez alguém da Administração Municipal se pronuncia.

Atualmente, quase dois anos depois da instalação do chafariz, os itajaienses que pagaram a conta não deverão vê-lo funcionar. Em nova conversa com o vereador, o proprietário da Oceânica informou que uma equipe da Prefeitura desmontou o equipamento e retirou quase tudo de lá. “Como ninguém do Executivo nos respondeu, fomos falar novamente com Pereira. O engenheiro reforçou que o projeto era utópico, não tinha como funcionar daquele jeito, e que o fato foi alertado à equipe da Prefeitura, que não teria dado a devida atenção”, ressalta o parlamentar.

Thiago Morastoni destaca que é preciso saber quem errou, para que o cidadão não seja prejudicado. “Me causa estranheza a Prefeitura não responder os questionamentos oficiais de um vereador. Por isso, não vejo outra saída senão encaminhar a denúncia ao Ministério Público. Ao que tudo indica, é um flagrante caso de desperdício do dinheiro público e de improbidade administrativa, pois a aquisição deste chafariz lesou o erário itajaiense”, finaliza o vereador.


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