Itajaí:
Chafariz flutuante, pago com dinheiro público, não existe mais e
vereador fará denúncia ao MP
O polêmico chafariz flutuante de
Itajaí, que nunca funcionou e foi pago com dinheiro público, não existe mais na
baía Afonso Wippel, no Saco da Fazenda. A informação foi repassada recentemente
ao vereador Thiago Morastoni (PT) pelo engenheiro João Marcos Pereira,
proprietário da Oceânica Engenharia e Arquitetura, empresa responsável pela
execução da obra. O parlamentar, que até agora não recebeu resposta alguma da
Administração Municipal aos questionamentos feitos oficialmente há mais de um
ano, destaca que este pode ser um caso de improbidade administrativa e fará
denúncia ao Ministério Público (MP).
Thiago Morastoni lembra que, após
ir contra a opinião popular e comprar em 2013 o polêmico chafariz flutuante por
R$ 315.000,00, o Executivo quis devolver o equipamento, com a justificativa de
que não funcionava direito. Porém, em reunião com o proprietário da Oceânica, o
vereador recebeu a informação de que a empresa obedeceu à risca o que dizia o
projeto entregue pela Prefeitura, e que o documento continha sérios erros, não
considerando, por exemplo, o lodo existente na baía e a necessidade de se fazer
uma dragagem no local antes da implantação do chafariz.
Para piorar, em maio de 2014, o
vereador encaminhou documento ao Executivo Municipal, fazendo diversos
questionamentos sobre o caso, após receber informações de que a balsa do
chafariz afundava, o esguicho não saía direito, a iluminação era insuficiente,
entre outros problemas. O documento oficial foi ignorado e Thiago Morastoni
protocolou nesta quarta-feira (17) um novo requerimento, para ver se desta vez
alguém da Administração Municipal se pronuncia.
Atualmente, quase dois anos
depois da instalação do chafariz, os itajaienses que pagaram a conta não
deverão vê-lo funcionar. Em nova conversa com o vereador, o proprietário da
Oceânica informou que uma equipe da Prefeitura desmontou o equipamento e
retirou quase tudo de lá. “Como ninguém do Executivo nos respondeu, fomos falar
novamente com Pereira. O engenheiro reforçou que o projeto era utópico, não
tinha como funcionar daquele jeito, e que o fato foi alertado à equipe da
Prefeitura, que não teria dado a devida atenção”, ressalta o parlamentar.
Thiago Morastoni destaca que é
preciso saber quem errou, para que o cidadão não seja prejudicado. “Me causa
estranheza a Prefeitura não responder os questionamentos oficiais de um
vereador. Por isso, não vejo outra saída senão encaminhar a denúncia ao
Ministério Público. Ao que tudo indica, é um flagrante caso de desperdício do
dinheiro público e de improbidade administrativa, pois a aquisição deste
chafariz lesou o erário itajaiense”, finaliza o vereador.
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