Itajaí:
Anna Carolina propõe que festa do São João seja
reconhecida como patrimônio histórico imaterial
Desde 1958, nos meses
de junho, os itajaienses têm um compromisso pré-agendado. O evento que começou
para angariar fundos à paróquia da igreja do bairro, aos poucos se tornou tradicional:
a Festa de São João. Apesar da importância histórica, o festejo tem perdido o
seu brilho. Seus dias foram encurtados e, há dois anos, uma pequena pira deu
lugar a grande fogueira. Para evitar que fique apenas na memória da comunidade,
a vereadora Anna Carolina solicitou ao Conselho do Patrimônio Histórico e à
prefeitura de Itajaí, o reconhecimento da festa de São João como patrimônio
histórico imaterial do município. “É uma tentativa de preservar tradições”,
explica Anna Carolina que sempre residiu no bairro São João.
Foi depois da
construção da primeira capela, que o padre decidiu fazer a festa em homenagem a
João Batista, declarado santo pela igreja Católica. Com a intenção de angariar
recursos para a paróquia, a primeira grande fogueira foi acessa no dia 24 de
junho de 1958. “Na minha adolescência a festa era imperdível, era algo
saudável, festa de família, naquela época não tinha droga e a única bebida era
o quentão”, lembra o servidor público Thomaz Pickering Junior, 64 anos. Mesmo
morando no Centro, ele não perdia um evento do bairro. “Era festa de uma semana
pra mais, com certeza um evento tradicional de Itajaí”, afirma.
Na opinião da
vereadora, mesmo com a transformação do evento ao longo dos anos, a Festa tem
sua importância histórica e deve ser preservada. “A festa vem sendo realizada
há décadas, envolve a comunidade que gratuitamente se esforça para que seja um
evento atrativo e familiar, oferecendo lazer a todos que participam”, argumenta
Anna.
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