Itajaí:
Prefeitura não cumpre lei sobre Estudo de Impacto de
Vizinhança
Apesar de estar
previsto em lei federal desde 2001, até hoje Itajaí não tem uma legislação
específica que determine um Estudo prévio de Impacto de Vizinhança (EIV) para
empreendimentos e atividades privadas ou públicas. O desrespeito à lei federal
fere diretamente o planejamento e o desenvolvimento harmonioso da cidade. Mais
essa omissão do poder Executivo municipal foi denunciada na última semana ao
Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) pela vereadora Anna Carolina
Martins (PSDB). Vale ressaltar que antes de recorrer ao judiciário, a
parlamentar já havia formalizado duas solicitações para que o município se
adequasse à legislação. As supostas imposições por contratação de uma empresa
específica para a elaboração dos Estudos de Impacto de Vizinhança em Itajaí
foram alvo, inclusive, da última operação do Gaeco, a Dupla Face.
Além de solicitar
através de indicação, Anna Carolina questionou a secretaria de urbanismo
através de um requerimento sobre o motivo de o executivo até hoje não ter
enviado à Câmara de Vereadores a legislação específica sobre o tema, conforme
estabelece a lei federal. O documento também indaga quais os fundamentos
utilizados pela prefeitura para conceder liberações e aprovações de projeto de
construção no município. “A cidade está há 14 anos em desacordo com a lei e,
coincidentemente ou não, foi justamente nesta área que o Gaeco encontrou uma
série de irregularidades que estariam ligadas a um grande e vergonhoso
escândalo de corrupção”, lembra a parlamentar.
De acordo com a
legislação federal (n 10.257/01), o Estudo de Impacto de Vizinhança deve
contemplar os efeitos negativos e positivos do empreendimento ou atividade
quanto à qualidade de vida da população. A análise deve incluir questões como
adensamento populacional, equipamentos urbanos e comunitários, uso e ocupação
do solo, valorização imobiliária, geração de tráfego e demanda por transporte
público, ventilação e iluminação, paisagem urbana e patrimônio natural e
cultural. “Basta pensarmos nas liberações dos grandes condomínios na praia
Brava e em loteamentos como o Santa Regina, por exemplo, para ver que as
aprovações não levaram em conta boa parte dos itens dispostos na lei, ou seja,
ao que tudo indica, as aprovações das construções em Itajaí têm sido feitas
naquela terrível prática do ‘jeitinho’ e isso precisa acabar”, afirma Anna
Carolina.
Na denúncia
formalizada ao MP, a vereadora lembra que a falta de uma legislação municipal
sobre o tema comprova a ineficiência do poder executivo, bem como a sua omissão,
que contribui para o crescimento desordenado de Itajaí. O documento solicita
que o MP obrigue o Poder Executivo a encaminhar à Câmara o projeto de lei em
caráter de urgência e puna os agentes públicos responsáveis pela sua omissão.
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Binário do São Vicente começa a funcionar na
segunda-feira
A partir de
segunda-feira (26) começa a funcionar o Binário do São Vicente. As ruas
Estefano José Vanolli e Otávio Cesário Vieira passam a ser mão única. Na
Estefano José Vanolli, o fluxo de veículos será da Avenida Adolfo Konder em
direção à ponte da Nova Brasília. Os veículos poderão seguir até a Rua Alice
Vieira de Souza (mão única) onde podem retornar para a Rua Otávio Cesário
Pereira, que terá o fluxo de veículos na direção contrária, sentido a Avenida
Adolfo Konder.
Outra mudança na Rua
Estefano José Vanolli é que a rua ganhará ciclovia. Para isso, serão eliminadas
as vagas de estacionamento do lado esquerdo da via de acordo com o novo sentido
do trânsito.
Em função da
implantação do sistema binário, outras vias secundárias também tiveram o fluxo
de veículos alterado. A Rua Ver. Airton de Souza irá da Estefano José Vanolli
em direção à rotatória da Luiz Lopes Gonzaga; a Rua Pedro Batista da Silva vem
da Pedro Cristiano de Miranda em direção à Estefano José Vanolli; a Rua Manoel
Francisco Coelho vai da Estefano José Vanolli em direção à Pedro Cristiano de
Miranda e a Nilson Edson dos Santos vem da Pedro Cristiano de Miranda até a
Estefano José Vanolli.
Entenda no mapa.
Além
das mudanças no sentido do trânsito, os passeios, estacionamentos e faixas de
rolamento foram dimensionados de acordo com o alinhamento predial existente e o
potencial de cada via. Para elaborar o projeto do binário, a equipe técnica da
Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão, em parceria com a Secretaria de
Urbanismo e a Codetran, realizaram um estudo global do bairro São Vicente. O
modelo implantado possibilita no futuro a ampliação do sistema binário também
para as ruas Luís Lopes Gonzaga e Pedro Cristiano de Miranda, reorganizando
também o fluxo de veículos nas principais transversais dessas vias, através de
binários secundários.
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