Itajaí:
Com projeto rejeitado vereador seguirá presente nas
sessões da Câmara
O Projeto de Decreto Legislativo
4/2015, baseado em relatório da Comissão de Ética da Câmara de Vereadores de
Itajaí, que sugeria a suspensão do vereador Calinho Mecânico (PP), foi
rejeitado. A votação ocorreu em sessão extraordinária realizada na manhã desta
segunda-feira (14). A Comissão de Ética julgou a contratação, por Calinho, de
um cunhado para atuar como seu assessor parlamentar.
A contratação de parentes
configura nepotismo e é vedada pela Lei Orgânica do Município. No parecer
final, o relator da Comissão de Ética, vereador Clayton Batschauer (PR),
considerou que não houve prejuízo financeiro à Administração Pública, já que os
salários do assessor foram pagos por serviços realizados, e sugeriu a suspensão
do parlamentar pelo período de duas sessões ordinárias. Em sua defesa, durante
os procedimentos da Comissão de Ètica, o vereador
Calinho Mecânico alegou desconhecer a proibição.
O Projeto de Decreto Legislativo
4/2015 recebeu os votos contrários dos vereadores: Tonho da Grade (PP), Douglas
Cristino da Silva (PSD), Fernando Pegorini (PP), Dedé (PSDB), Afonso Arruda
(PMDB), Osvaldo Mafra (SD), Paulinho Amândio (PDT) e Vanderley Dalmolin (PP).
Votaram favoráveis os vereadores: Anna Carolina (PSDB), Clayton Batschauer
(PR), Dulce Amaral (PSD), Fabricio Marinho (PPS), Giovani Felix (PT), Professor
Acácio (PSDB), Laudelino Lamim (PMDB), Maurílio Moraes (PSD), Neusa Girardi
(PMDB), e Rafael Dezideiro.
Conforme está previsto no
Regimento Interno da Câmara, para ser aprovado o projeto precisaria de 2/3 dos
votos favoráveis dos parlamentares, sendo assim, o vereador poderá
comparecer às próximas sessões ordinárias da Câmara normalmente.
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Relatório da CPI deve
ser concluído na primeira sessão de 2016
A
Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) se reuniu durante a tarde desta
segunda-feira (14) no Plenário da Câmara de Vereadores de Itajaí. Esta é a
última reunião da Comissão em 2015, que encerrou a fase de oitivas e
recolhimento de informações.
A partir
de agora, o relator da CPI, vereador Fernando Pegorini (PP), se dedicará
exclusivamente ao relatório final, que deve ser apresentado durante a primeira
sessão ordinária de 2016, marcada para 2 de fevereiro.
A CPI,
aberta em agosto deste ano, fez 33 requerimentos a diversos órgãos,
principalmente ao Executivo Municipal. Até esta terça-feira oito ainda não
haviam sido respondidos. O prazo para resposta vence às 14 horas de
quinta-feira (17). Caso os requerimentos não sejam atendidos, a Comissão
promete tomar as medidas cabíveis.
A CPI tem
como objetivo apurar fatos investigado pelo Grupo de Atuação Especial de
Combate ao Crime Organizado (Gaeco) na Operação Parada Obrigatória II. Integram
a Comissão os vereadores Thiago Morastoni (PT) – presidente, Fernando Pegorini
(PP) – relator, Clayton Batschauer (PR) – secretário, Laudelino Lamim (PMDB) e
Dulce Amaral (PSD).
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Município traça metas para reconstrução da ponte Tancredo
Neves
Interditada desde o
dia 23 de outubro, após apresentar um rebaixamento na pista, a ponte Tancredo
Neves - que liga os bairros São Vicente e Cordeiros -desmoronou na noite deste
domingo (13). Desde que a ponte começou a ceder, o município iniciou avaliações
para identificar o motivo do rebaixamento da pista e quais medidas seriam
necessárias para recuperar o local. Agora, com a queda, novas ações foram
traçadas.
Na tarde desta
segunda-feira (14), o Prefeito Jandir Bellini reuniu todo o corpo de engenharia
das secretarias de Obras, Urbanismo e Planejamento, que irá trabalhar junto na
elaboração do projeto de reconstrução. O primeiro passo será reavaliar as
cabeceiras da ponte pra ver se a estrutura está comprometida. Caso elas não
tenham sido afetadas, iniciará o projeto de recuperação do vão central da
ponte, ou se elas estiverem comprometidas, iniciará o projeto para construção
de uma nova ponte. A meta é concluir esse projeto em 60 dias.
Também será avaliada
a possibilidade e o custo benefício da construção de uma ponte pênsil para
pedestres e ciclistas utilizarem nesse período em que a ponte estará em obras.
O que já foi feito
Uma inspeção
subaquática foi contratada pelo município para avaliar os pilares e as vigas da
ponte. Nesta inspeção feita por batimetria, uma sonda avaliou metro a metro os
pilares da ponte. Foram feitos registros fotográficos e em vídeo de toda a
estrutura submersa e também sondagens para analisar o solo onde as vigas
estavam estaqueadas.
O laudo desta
inspeção apresentou que havia uma escavação grande no bloco central da ponte ao
redor dos pilares. Com isso, a viga que deve ficar envolta de areia para se
sustentar, ficou desprotegida e começou a afundar. Outro problema apresentado
neste laudo foi quanto à profundidade das estacas. O estaqueamento da ponte foi
feito através de uma técnica antiga (comum na época da construção da mesma)
onde as estacas eram fincadas até a camada de solo compactado e não até a rocha
matriz. As estacas tinham de 12,90 a 16,40 metros. Hoje, as estacas de pontes
possuem 45,50 metros (mais que o dobro de profundidade).
Com base nessa
inspeção subaquática, uma empresa de engenharia começou a elaborar o projeto de
recuperação da ponte, que deveria iniciar nos próximos dias, e previa a
construção de novos blocos e pilares centrais para conter o rebaixamento da
ponte (que era de um milímetro por dia) com estaqueamento de 45,5 metros de
profundidade. Com o desmoronamento do local, outras medidas serão tomadas.
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