Itajaí:
Eliane Rebello e
engenheiro são multados pelo TCE, a partir de denúncia feita pela vereadora
Anna Carolina
A
ex-secretária de desenvolvimento regional de Itajaí, Eliane Neves Rebello (PSD)
e o engenheiro que trabalhava no local, Alex Pressi foram multados na última
semana pelo Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina (TCE).
A punição foi
resultado do processo que investigava ilegalidades na medição final da obra e
na liberação irregular do pagamento da reforma realizada na Escola de Educação
Básica Prefeito Leopoldo José Guerreiro, no município de Bombinhas. A medição
final da obra que autorizava o pagamento foi assinada pelo engenheiro enquanto
ele estava detido no presídio da Canhanduba. A denúncia foi feita no final de
2014 pela vereadora de Itajaí Anna Carolina Martins (PSDB). “Vamos encaminhar
esta decisão do TCE ao Ministério Público, para que promova a devida ação de
improbidade administrativa”, afirma.
O
julgamento deste processo no TCE foi realizado no último dia quatro de abril.
Os conselheiros consideraram irregular a sexta e última medição da obra e,
consequentemente, entenderam que houve irregularidades na liberação do último
pagamento, no valor de R$ 54.756,19. Na época, o relatório final da medição,
documento indispensável para a liberação dos recursos, foi assinado por Alex
Pressi no período em que o engenheiro permanecia detido no presídio da
Canhanduba por motivos alheios a esse.
Na
decisão do TCE prevê que tanto Eliane quanto Alex terão que pagar multa
equivalente a R$ 1.136,52 no prazo de 30 dias. A reforma da EEB Leopoldo José
Guerreiro foi contratada pela SDR (hoje ADR) em regime de urgência, ou seja,
sem licitação. Os serviços foram executados pela Construtora e Incorporadora
Ruiz LTDA, pelo valor total de R$ 592.357,12.
Este
julgamento refere-se a apenas um dos processos aceitos pelo TCE contra Eliane
Rebello. Ainda este ano deve ocorrer o julgamento da segunda denúncia feita
pela vereadora Anna Carolina, que envolve a reforma de outra escola, desta vez
no município de Penha.
Segundo processo
Semelhantemente
ao que ocorreu em Bombinhas, a ação que ainda deve ser julgada pelo TCE também
envolve o pagamento irregular de uma reforma em escola, neste caso, da EEB
Edith Prates Gonçalves. O serviço foi realizado pela empresa M.A.V. dos
Prazeres. Apesar da recomendação da controladoria interna da antiga SDR Itajaí
pela suspensão de qualquer repasse financeiro à empreiteira, Eliane Rebello
autorizou o pagamento de R$ 78 mil à empresa.
Na
época, diferente do relatório apresentado pela empreiteira, a controladoria
constatou que grande parte dos serviços não havia sido concluída e outros
trabalhos sequer haviam sido iniciados. Mesmo depois de ter recebido o
relatório detalhado da controladoria interna, com fotos que comprovavam a farsa
da empresa, a antiga gestora da SDR autorizou o repasse financeiro. Ao todo, a
empreiteira recebeu a importância de R$ 309.987,22 pela obra, que também foi
contratada sem licitação.
Este
último processo ainda precisa ser julgado pelo TCE. Ambos também seguem em
análise no Ministério Público (MP).
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