Vereadores
de oposição em Camboriú não falam a mesma língua
Mais uma sessão quente na câmara de vereadores de Camboriú.
Noite de quinta-feira que, apesar do frio, os ânimos foram
bem acalorados.
Está acontecendo em Camboriú um fato inédito, a casa é
composta por 15 vereadores sendo que o PSDB tem 5, PMDB tem 4, PV tem
2 e aí vem DEM, REDE, PTB e PR todos com um vereador.
Mas o PV e o DEM são situação e os demais nanicos oposição,
sendo que o PR tem o presidente na pessoa do vereador Antônio Paulo da Silva
Neto (Piteco). Até aí tudo bem se não fosse o fato do presidente que era do PSC
e tinha mais 2 vereadores que hoje estão no PV e votam com a bancada
governista. O fato se torna grave porque a oposição, que deveria estar feliz
por ter ganho mais 2 vereadores, não os reconhece como oposição, alegando
que os mesmos até poucos dias eram situação e hoje fazem oposição até
em obras que os mesmos ajudaram a aprovar e agora começam a apontar falhas.
No uso da tribuna, os desentendimentos ficam entra as oposições,
até porque cada lado tem seu pré-candidato a prefeito e não conseguem um
entendimento, criando-se ali uma terceira via dentro do parlamento.
Discursos acirrados, acusações e trocas de farpas entre
opositores e com isso a situação que é maioria, fica assistindo de camarote a oposição
se demolindo entre si.
Na noite de quinta-feira, vereadores da oposição chegaram a
pedir a renuncia do presidente da casa alegando que ele não tem legitimidade
para presidir o legislativo, e a bem da verdade não tem mesmo, porque o
presidente é o único vereador do PR.
Por certo não pode mesmo porque não encontra amparo legal, ou
seja, não tem pelo menos mais um do seu partido e fere a lei orgânica da casa.
O presidente, que quando eleito tinha mais dois vereadores no
seu antigo partido, teve também apoio dos governistas, que até então eram
aliados.
Tudo isso acontecendo e a contagem regressiva para as eleições
municipais está bem claro que Camboriú terá sim uma terceira via e que vão se
degladiar entre oposições.
Claro que a situação está rindo á toa porque, enquanto quem
poderia se unir briga e se desgasta, a situação continua em seu ritmo de
trabalho entregando obras e atendendo a comunidade com o que pode, pois os
governos estadual e federal quase não repassam nada para os municípios.
Mas aí também é um ponto a mais para a situação, que pode pegar
essas falhas do estado e da união para transformar num futuro discurso de
palanque pautado em erros gritantes da oposição.
É como diz um velho ditado, enquanto os cães ladram, a
carruagem passa.
Pense nisso.
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